Conversa com Vanessa Antunes e Maria João Neto|Heritage talks

30 julho 2021, 16h30-Vanessa Antunes, conservadora-restauradora de pintura, investigadora contratada do Artis-FLUL / 18h00-Maria João Baptista Neto, Professora Associada com Agregação Diretora do ARTIS – Instituto de História da Arte, FLUL, Diretora do curso de Mestrado em História da Arte e Património

PARA QUE SERVE A HISTÓRIA TÉCNICA DA ARTE? 

A importância da História Técnica da Arte  para a preservação das obras

A história técnica da arte é uma disciplina que traz à luz a obra de arte em toda a sua singularidade. Assim, trazemos à nossa conversa diferentes casos no âmbito dos estudos de pintura antiga. Serão discutidos aspectos essenciais relacionados com a obra de arte, como por exemplo a sua autenticidade, a sua reprodutibilidade, a sua materialidade, a sua permanência ao longo do tempo, mas também a fragilidade dos seus materiais.

No culminar deste percurso, resta-nos agradecer aos investigadores do património que partilharam connosco ao longo destes meses de curso a sua experiência de trabalho e investigação. Agradecemos igualmente a todos os que se propuseram trazer a arte aos seus dias e a querer saber mais sobre este património, que é de todos nós, ao frequentar com todo o entusiasmo o curso de História Técnica da Arte do Artis- Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Vanessa Henriques Antunes é investigadora integrada do ARTIS – Instituto de História da Arte da FLUL. Doutorada desde 2014 em Arte, Património e Restauro pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa sob o tema “Técnicas e Materiais de preparação na pintura portuguesa dos séculos XV e  XVI”. Licenciada do Curso Superior de Conservação e Restauro do Instituto Politécnico de Tomar, concluído em 2002 com estágio curricular no Centro de Estudos, Conservação e Restauro dos Açores. Em 2006/2007 fez estágio profissional no Instituto Português de Conservação e Restauro, no âmbito do Programa de Estágios Profissionais na Administração Pública. 
 Participou como investigadora em projectos de I&D financiados pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia tais como “A camada de preparação invisível e a sua influência na pintura portuguesa dos séculos XV e XVI: uma questão a resolver” (PTDC/EAT-HAT/100868/2008) e “PRIM´ART_Portugal Rediscovering Mural ART:Historical and Scientific study of Évora Archepiscopate (1516-1615)” (PTDC/CPC-EAT/4769/2012 ).

Comunicação de encerramento do curso

TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS UTILIZADOS NO RESTAURO DOS MONUMENTOS NACIONAIS NOS SÉCULOS XIX E XX

Do grande estaleiro de obras de restauro do Mosteiro da Batalha no século XIX à conservação exterior da Torre de Belém, prémio Europa Nostra no final do século XX, muitos monumentos em Portugal foram objeto de intervenção. Seguindo de perto o ambiente e as circunstância de cada momento histórico, procura-se avaliar a evolução das técnicas dominantes, de acordo com a qualidade e seleção da mão-de-obra, a tradição construtiva e a influência exterior.​

MARIA JOÃO NETO é Professora Associada com Agregação de História da Arte e investigadora integrada do ARTIS – Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Licenciou-se em História da Arte na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa em 1985. Concluiu o Mestrado, na mesma Faculdade, em 1990, com a apresentação de uma tese sobre O Restauro do Mosteiro de Santa Maria da Vitória de 1840 a 1900. Doutorou-se em 1996 com uma tese intitulada A Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais e a Intervenção no Património Arquitectónico em Portugal (1929-1960). Tem desenvolvido os seus estudos e projetos de investigação, bem como a orientação de teses, na área de História e Teoria do Restauro e da Conservação de Obras de Arte e de Gestão Integrada do Património Artístico. É vice-diretora do ARTIS – Instituto de História da Arte, responsável pelo grupo Patrimonium e diretora do curso de Mestrado em Arte, Património e Teoria do Restauro.

Uma flor para a oradora em agradecimento por trazer arte aos nossos dias.

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Conversa com Helena de Melo|Heritage talks

28 julho 2021, 18h00-Helena de Melo, Conservadora-restauradora e investigadora no Laboratório Hercules-UE.

O OLHAR DO CONSERVADOR-RESTAURADOR

MATÉRIA E TÉCNICA EM ALGUMAS PINTURAS PORTUGUESAS

 

Francisco João (1558-1595), um pintor alentejano no século XVI. André Gonçalves (1685-1762), um pintor lisboeta no século XVIII. Amadeo de Souza-Cardoso (1887-1918), um pintor do mundo no século XX. Através do olhar do conservador-restaurador sobre os materiais e técnicas que suportam a imagem, a estética e a arte destes três pintores portugueses, procurar-se-á caracterizar alguns aspectos da prática pictórica nacional e sua evolução ao longo destes séculos. Os resultados serão discutidos no contexto europeu que enquadra a nossa pintura.

Helena Pinheiro de Melo é conservadora-restauradora de pintura (1993), co-fundadora e sócia-gerente do atelier K4-Conservação e Restauro Lda (1997-2008), tendo colaborado regularmente em projectos de conservação e investigação no Musée d’art et d’histoire de Genève (2007-2014). Desde 2016, é investigadora no laboratório HERCULES da Universidade de Évora e membro da Cátedra City University of Macau em Património Sustentável.

Uma flor para a oradora em agradecimento por trazer arte aos nossos dias.

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Conversa com Frederico Henriques|Heritage talks

23 julho 2021, 18h00-Frederico Henriques, conservador-restaurador e investigador do CITAR-UCP.

ESTRATÉGIAS DE DOCUMENTAÇÃO DIGITAL PARA O ESTUDO DAS TÉCNICAS-ARTÍSTICAS 

O estudo das técnicas-artísticas é parte integrante da atividade do conservador-restaurador. É também ponto assente que, na Conservação e Restauro, para se elaborar o Relatório Prévio ou o Relatório Final (vd. Decreto-lei n.º 140/2009), para se fazer uma intervenção ou uma investigação, deve-se sempre fazer um estudo apurado das obras, e isso estende-se para além da vertente técnico-artística. Para tal, consoante as necessidades, também é sabido que os estudos em Conservação e Salvaguarda dos Bens Culturais podem recorrer a diversas ciências de apoio ou outras áreas de conhecimento. A título de exemplo, podemos mencionar a História, a História da Arte, a Antropologia, o Direito, a Física, a Química, a Biologia, a Geologia, a Topografia, a Arqueologia, a Paleontologia, entre muitas outras.

Além do domínio das tradicionais ferramentas físicas, mais ou menos contemporâneas, o conservador-restaurador na atualidade defronta-se com a emergência das ferramentas digitais. Tais recursos digitais, que existem simplesmente porque se democratizou o uso dos computadores pessoais, têm hoje um largo espectro de desenvolvimento e atuação. Tal como em Medicina, o conservador-restaurador pode recorrer a técnicas de imagiologia para dar suporte à decisão. E essa decisão é, na maioria dos casos, uma opção científica fundamentada, que tem em linha de conta os recursos laboratoriais existentes, a documentação digital e a bibliografia específica da área.

Na presente comunicação dá-se nota dos diversos sistemas de documentação digital que temos aplicado nas últimas décadas. De uma forma geral, importa referir que o ponto de partida dos diversos sistemas de documentação e representação apresentados têm sido a Fotografia Digital, o Processamento Digital e, não menos importante, o conhecimento tátil dos próprios objetos.

Frederico Henriques é conservador-restaurador doutorado em Conservação de Pintura pela Universidade Católica Portuguesa. Foi bolseiro de doutoramento e pós-doutoramento pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). É investigador integrado no Centro de Investigação em Ciência e Tecnologia das Artes (CITAR), da Universidade Católica Portuguesa/ Escola das Artes, e colaborador no Centro de Investigação e Estudos em Belas-Artes (CIEBA), da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. A sua área de investigação versa sobre as tecnologias digitais aplicadas à Conservação do Património Cultural.

Uma flor para o orador em agradecimento por trazer arte aos nossos dias.

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Conversa com Victor Ferreira|Heritage talks

21 julho 2021, 18h00-Victor Manuel Mota Ferreira, Professor Auxiliar no Departamento de Desenho, Geometria e Computação, Investigador no CIAUD desde 2011 e Coordenador do Centro de Informático da Faculdade de Arquitetura.

Documentação e levantamento digital no patrimonio para o estudo das técnicas e materiais e sua conservação 

Apresentam-se nesta sessão resultados de vários projetos de investigação, incluindo, Archc3D – Contributions to Architectural Heritage Conservation: Documentary Methodology based in terrestrial digital photogrammetry and 3D laserscanning, ReabOp – Optimization of documentation workflows in the rehabilitation of built structures . Estes projetos procuram desenvolver metodologias de levantamento digital de ambiente construído que permitam melhorar e simplificar processos, procurando ao mesmo tempo baixar custos, tornando mais viável e fácil a sua utilização pelos profissionais do sector. Recentemente tem pesquisado a aplicação de tecnlogias digitais de visualização em tempo real ao património e pedagogia e fluxos de trabalho “Scan to BIM”.

Victor Manuel Mota Ferreira é Professor Auxiliar no Departamento de Desenho, Geometria e Computação, Investigador no CIAUD desde 2011 e Coordenador do Centro de Informático da Faculdade de Arquitetura.
Concluiu o Doutoramento em Planeamento Regional e Urbano em 2011 pelo Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa e Licenciatura em Arquitectura em 1994 pela Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa (antiga Universidade Técnica de Lisboa).

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Conversa com Ana Bailão|Heritage talks

16 julho 2021, 18h00-Ana Bailão, Professora e investigadora no CIEBA-FBAUL.

A história das técnicas na reintegração cromática 

O tema aqui apresentado pretende dar a conhecer um dos procedimentos de conservação e restauro que, quando realizado, tem influência no modo como observamos os bens culturais. Será feito um percurso pela história das técnicas de reintegração e a sua direta associação às obras sobre as quais são aplicadas.

Ana Bailão é Prof. Auxiliar da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. Coordenadora do Mestrado de Ciências da Conservação, Restauro e Produção de Arte Contemporânea na mesma instituição. Doutora em Conservação de Bens Culturais pela mesma universidade, em colaboração com o Centro de Investigação em Ciência e Tecnologia das Artes (CITAR) e o Instituto do Património Cultural de Espanha (IPCE), em Madrid. A área de investigação a que mais se dedica é a reintegração cromática. Fundadora do RECH Group, um grupo internacional que se dedica à promoção de atividades no âmbito da reintegração cromática. Investigações e projetos são apresentados através de publicações, palestras, exposições e apresentações.

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Conversa com Alexandra Lauw|Heritage talks

14 julho 2021, 18h00-Alexandra Lauw, investigadora no Centro de Estudos Florestais (CEF-ISA)

CONTRIBUIÇÃO DA DENDROARQUEOLOGIA NA HISTÓRIA DOS INSTRUMENTOS MUSICAIS. UM OLHAR PELOS VIOLINOS E VIOLONCELOS 

A datação da madeira de um instrumento musical é importante pois permite, em determinados casos, identificar o ano a partir do qual terá sido construído (terminus post quem) e, no caso de o construtor ser conhecido, imputar o instrumento à sua fase artística (inicial/plena/final). O trabalho apresentado nesta comunicação faz parte de uma investigação, pioneira em Portugal, que utiliza a dendrocronologia como método de datação de violinos e violoncelos, e que decorreu de uma parceria entre o Museu Nacional da Música, particulares e o Centro de Estudos Florestais do Instituto Superior de Agronomia (Universidade de Lisboa).

Nesta comunicação apresentam-se exemplos sobre as diferentes contribuições, e limitações, da dendrocronologia no estudo dos instrumentos musicais, nomeadamente: (1) corroboração de datações históricas inscritas nos respectivos instrumentos; (2) aplicação em investigações forenses, provando falsas datas e atribuições; (3) complemento aos dados históricos de construtores de menor relevância, tendo em consideração a informação divulgada no instrumento; e (4) impossibilidade de conclusão sobre a atribuição artística apesar do sucesso da datação dendrocronológica.

As informações disponíveis sobre as possíveis origens das madeiras utilizadas nos instrumentos musicais portugueses baseiam-se na consulta de documentos históricos referentes ao comércio marítimo nos séculos XVIII e XIX, nomeadamente manuscritos de instituições aduaneiras e correspondência consular e periódicos. O sucesso da datação dendrocronológica de alguns instrumentos musicais de oficinas portuguesas corrobora as referidas fontes históricas.

Alexandra Lauw é licenciada em Engenharia Florestal pelo Instituto Superior de Agronomia (ISA) em 1996, inicia a sua actividade como bolseira de investigação no Centro de Estudos Florestais (CEF). Em 2003, trabalha no sector privado, regressando ao ISA, em 2010, para obtenção do grau de Mestre em Engenharia Florestal e dos Recursos Naturais, com a tese final na área da dendrocronologia. Desde 2011 a 2014, dá continuidade à investigação na área da dendroclimatologia e da dendroarqueologia, estabelecendo, para tal, parcerias com alguns museus nacionais e entidades privadas.

Formações complementares decorreram ao longo do tempo, nomeadamente na Universidade de Hamburgo (Alemanha, 1998), no WSL Birmensdorf, Swiss Federal Research Institute (Suíça, 2010), no Institut Royal du Patrimoine Artistique (Bélgica, 2012) e na Universidade de Ljubljana (Eslovénia, 2016). Em 2015 inicia o seu Doutoramento sobre o tema “Dendroarchaeology applied to the Portuguese cultural heritage between XV and XIX centuries: paintings and musical instruments as witnesses of artwork and wood trades between Portugal and Europe”, com uma abordagem dendrocronológica aplicada à pintura e aos instrumentos musicais.

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Conversa com Sara Valadas|Heritage talks

9 julho 2021, 18h00-Sara Valadas, investigadora Laboratório HERCULES-UE

Métodos de exame e micro-análise aplicados ao estudo de pintura: Descobertas & Desafios 

Antes de iniciar uma investigação científica de uma obra de arte, ou de um conjunto de obras, teremos sempre de ter em consideração as questões que lhe estão associadas e de acordo com estas será então traçado um plano metodológico para a investigação. Poderão ser p.e. questões relacionadas com a revisão de atribuições, relação com centros de produção artística no contexto nacional/ internacional, desenvolvimento de novos produtos ou otimização instrumental…

Serão abordados vários casos de estudo, com diferentes problemáticas associadas, onde serão sublinhados os desafios e também novos contributos.

Sara Valadas é doutorada em Química pela Universidade de Évora, na área de química aplicada ao Património. Desde 2010 que integra a equipa do Laboratório HERCULES, actualmente como investigadora e membro integrado, participando em diversos projectos nacionais e internacionais, como o estudo do Retábulo da Sé do Funchal, o Projecto Old Goa Revelations (estudo dos retratos dos Vice-Reis da Índia), o Projecto SCREAM para o estudo dos desenhos de Edvard Munch e o Projecto de infraestruturas E-RIHS.pt. Integrou ainda a equipa científica do Laboratório José de Figueiredo já no período de conclusão da licenciatura, em 2007, participando em diversos projetos na área de pintura do séc. XV-XVII. Como resultado das várias atividades científicas desenvolvidas, conta com mais de duas dezenas de artigos científicos na área..

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Conversa com Elis Marçal|Heritage talks

7 julho 2021, 18h00-Elis Marçal, Conservadora-restauradora, Presidente da European Confederation of Conservator-Restorers’ Organisations (E.C.C.O.)

uma Blueprint para o património cultural 

Conversaremos sobre a necessidade da definição do perfil do conservador restaurador – breve enquadramento do trabalho realizado pela E.C.C.O. e a sua actualidade no contexto de politicas e conceitos da EU sobre o património e a consequente necessidade de adequar a formação e educação às necessidades do património cultural. Os propósitos e objectivos de uma Blueprint para o património cultural – o projecto CHARTER.

Elis Marçal é conservadora-restauradora desde 1996 em museus estatais, sítios patrimoniais, igrejas e outras instituições de património cultural, bem como em colecções privadas, sendo proprietária e gestora de uma empresa de Conservação-Restauro do Património Cultural desde 2012. Eleita para a ARP – Associação Profissional de Conservadores-restauradores de Portugal e comissão da European Confederation of Conservator-Restorers’ Organisations (E.C.C.O.) em 2012, ocupou o cargo de tesoureira de 2013 a 2017. Desde 2014 que representa a ARP no “NACE and ISCO codes for the Conservator-restorer”. Delegada da E.C.C.O. no projecto UE – “Voices of Culture” e  do grupo de trabalho da OMC sobre “Skills, training and knowledge transfer for traditional and emerging Heritage professions” em 2017 e 2018. Membro da delegação da E.C.C.O. na Sessão Plenária do Steering Committee for Culture, Heritage and Landscape (CDCPP CoE) desde 2019. Em 2020 foi eleita presidente da Assembleia Geral da E.C.C.O., sendo o seu representante no Conselho Consultivo e Científico do Património Cultural da Joint Programming Initiative on Cultural Heritage (JPI CH) . Actualmente trabalha como gestora de projecto e investigadora no “CHARTER – Cultural Heritage Actions to Refine Training, Education and Roles”.

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Conversa com Carlos Bunga|Heritage talks

2 julho 2021, 18h00-Carlos Bunga, artista plástico

Conversar para conservar a materialidade da arte-CPC-ARTE

Nesta conversa online, serão abordados os temas e materiais que Carlos Bunga tem vindo a explorar ao longo da sua carreira. Em janeiro de 2019,inaugurou no Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT) em Lisboa, a exposição “Carlos Bunga the Architecture of Life. Environments. Sculptures. Paintings and films”. Esta exposição monográfica resultou numa “coreografia entre o chão e parede, com alturas e superfícies diferentes. Como a vida. Por isso, começo com uma maqueta da casa de habitação social em que vivi na Lourinhã e que foi demolida”. Partindo das suas obras, iremos conversar com o artista-criador na perspectiva da conservação (ou não) da sua obra e da perecibilidade  ou longevidade dos materiais que utiliza.

O projecto Conversar para Conservar-Conversation 4 Conservation (C4C) /heritage talks, dá a conhecer a materialidade da arte e procura sensibilizar as diferentes faixas etárias para a importância da preservação do Património. Como conservar hoje este nosso património?…Estas e outras questões serão investigadas na teoria e, na prática a Conversar para Conservar.

Carlos Bunga, artista português que passou parte da sua adolescência na Lourinhã, onde estudou, que frequentou a Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha e que vive atualmente em Barcelona. Em 2003 ganhou o Prémio EDP Novos Artistas e desde essa data tem vindo a ganhar prémios nacionais e internacionais na área das instalações ‘site specific’ em espaços cuja arquitectura e cuja funcionalidade reinterpreta e recria.Desenvolve um significativo percurso internacional, consagrado em instituições de renome, tanto na Europa como na América Latina, nos Estados Unidos e no Canadá, entre outros países.

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Conversa com Pedro Lapa|Heritage talks

30 junho 2021, 18h00-Pedro Lapa, curador, Professor auxiliar do ARTIS-FLUL.

Arte e materiais na condição pós-medium 

Nesta sessão iremos abordar as alterações e implicações que uma nova condição da produção artística trouxe. Num contexto em que os media tradicionais, como a pintura, a escultura ou o desenho, se disseminaram entre outros ou foram substituídos por objetos quotidianos, os desafios que se colocam à sua preservação são completamente novos. A par de uma apresentação das características desta condição serão analisados alguns casos pontuais relativos ao início, meados e finais do século XX, nas histórias da arte nacional e internacional.

Pedro Lapa é Doutorado em História da Arte pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde é Professor Auxiliar. Entre 1998 e 2009 foi Diretor do Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado e, entre 2011 e 2017, foi Diretor Artístico do Museu Coleção Berardo no CCB. Foi curador de muitas exposições como More Works About Buildings and Food, 2000; Cinco Pintores da Modernidade Portuguesa, Caixa Catalunha, Barcelona, e Museu de Arte Moderna de São Paulo, 2003-4, ou Interregnum, Stan Douglas, Museu Coleção Berardo, Lisboa, 2015.

Entre as suas publicações mais recentes podemos destacar Joaquim Rodrigo, a contínua reinvenção da pintura. Lisboa: Documenta, 2016; André Romão. Fauna. Berlin: Hatje Cantz, 2019.

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